Protótipos de baixa, média e alta fidelidade

Jefferson Alex Silva
4 min readJun 30, 2019

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Uma das técnicas mais usadas para garantir que o produto será bem aceito ou que não causará problemas ao usuário é a prototipação. É um método que ajuda a desenvolver rapidamente uma versão “testável” do seu projeto, seja ele um produto ou serviço.

Estamos em um momento de rapidez na validação de ideias, isso significa que esperar o produto estar totalmente preparado não é uma boa ideia. Imagine se você passa meses projetando um sistema, uma cadeira ou um óculos e descobre que o usuário se sente desconfortável quando precisa usá-lo. Não é muito bom, não é?

Por isso lançamos mão da prototipação, que nada mais é do que simular as características físicas e/ou funcionais do projeto. Muitas vezes são utilizados materiais de baixa qualidade, pois a ênfase nessa etapa é investir pouco no protótipo para descobrir falhas no projeto e só depois partir para a confecção do produto final.

Em design há 3 classes para protótipos:

  • Baixa fidelidade
  • Média fidelidade
  • Alta Fidelidade

Baixa fidelidade

Um protótipo de baixa fidelidade simula algumas características do projeto, sendo que a ênfase é na funcionalidade e não na estética. Nesse tipo de modelo, geralmente, pretende-se obter um feedback de usuários que farão o teste preliminar.
É muito usado para desenvolver aplicativos e artefatos que possuam uma interface de uso, como um mapa ou um painel de GPS.

Repare que a estética é bem artesanal, pois o que vale aqui é testar funcionalidades. Ou seja, se os usuários encontrarem o botão OPTIONS, por exemplo, ou se conseguem concluir uma tarefa que o guia do teste solicita.
Um adendo
Para realizar um teste, seja com um protótipo de baixa ou alta fidelidade, é necessário saber o que você quer testar. É preciso ter um objetivo.
Caso você esteja querendo testar um mapa, por exemplo, você quer saber se as pessoas entendem o que são as marcações e se esse mapa for interativo é importante ter como objetivo identificar onde as pessoas mais se perdem ou quanto tempo elas levam para completar a tarefa.
Geralmente o gerente de testes de uma fábrica de software cria uma lista de tarefas, sequenciais, para que o usuário possa realizar. Essa lista possui um tempo total e um tempo unitário, por tarefa. Assim o pesquisador tem como estabelecer alguns marcos importantes: quanto tempo demora tal tarefa, quanto tempo durou o uso, o usuário ficou quanto tempo com o mouse parado naquele botão, etc.

Protótipo de média fidelidade

A ideia desse tipo de protótipo é aliar o teste de funcionalidade e o estético, mesmo que nesse momento ainda não tenhamos cores definidas. Porém, o projeto de teste agora tem uma forma mais definida, com alinhamentos e hierarquia das informações.
Esse tipo de protótipo é usado, geralmente, quando queremos testar o protótipo e a hierarquia da informação é algo crucial no projeto. Um exemplo disso é se estamos desenvolvendo um e-commerce e queremos testar com o usuário se o carrinho de compras está bem estruturado. Esse tipo de teste envolve não somente o modelo mental do usuário (como é a ênfase do protótipo de baixa fidelidade), é necessário entender se o alinhamento, disposição dos botões, contraste e tamanho das informações estão confortáveis.

Essa não é uma nomenclatura, nem um método reconhecido por todos os autores. Muitos como Preece, Rogers e Shartp (Design de Interação, 2005) falam somente sobre o modelo conceitual (protótipo de baixa fidelidade) e o o protótipo de alta fidelidade.
Porém, é um “limbo” entre o rascunho e uma interface desenvolvida por um programa de mockups.

Alta fidelidade

Bom, pelo nome já dá para saber que se trata de um protótipo com as funcionalidades e estética muito próximos do modelo final. Geralmente desenvolvidos quando há mais tempo e recurso para o projeto, ou mesmo quando já está em uma fase mais avançada.
Os protótipos de alta fidelidade são muito comuns no setor automotivo, por exemplo, pois é necessário testar algumas características físicas do projeto. Também é usado na área de desenvolvimento de aplicativos e sites.

É comum em agências de publicidade que desenvolvem sites serem confeccionados modelos de alta fidelidade, pois não há muito tempo para testar os projetos e a preocupação aqui é relacionada à estética aliada as funções. Nesse caso é muito comum ouvir o termo template ao invés de protótipo, pois esse é um modelo com apelo visual.

Repare que a estética é bem artesanal, pois o que vale aqui é testar funcionalidades. Ou seja, se os usuários encontrarem o botão OPTIONS, por exemplo, ou se conseguem concluir uma tarefa que o guia do teste solicita.

Um adendo

Para realizar um teste, seja com um protótipo de baixa ou alta fidelidade, é necessário saber o que você quer testar. É preciso ter um objetivo.
Caso você esteja querendo testar um mapa, por exemplo, você quer saber se as pessoas entendem o que são as marcações e se esse mapa for interativo é importante ter como objetivo identificar onde as pessoas mais se perdem ou quanto tempo elas levam para completar a tarefa.

Geralmente o gerente de testes de uma fábrica de software cria uma lista de tarefas, sequenciais, para que o usuário possa realizar. Essa lista possui um tempo total e um tempo unitário, por tarefa. Assim o pesquisador tem como estabelecer alguns marcos importantes: quanto tempo demora tal tarefa, quanto tempo durou o uso, o usuário ficou quanto tempo com o mouse parado naquele botão, etc.

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Jefferson Alex Silva
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Written by Jefferson Alex Silva

Product Designer data-driven, Lead and always student.

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